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De nada vale alter-egos inflamados e brilhantismos exacerbados perante os resultados no Distrito de Setúbal.
Assistimos a um resultado positivo mas ainda longe do horizonte de mudança que o distrito exige.
Estamos perante um Distrito dotado de recursos únicos em quase todas as áreas (turismo, industria, agricultura, etc…); mas inversamente a estas condições “abençoadas” , é um Distrito medíocre na qualidade de vida e nos padrões de desenvolvimento que a sua população aspira.
Este padrão e desígnio prende-se com a ideologia politica vigente no Distrito, que como um cancro, suga quaisquer esboço de sair deste paradigma.
O comunismo atribui o máximo valor ao Estado; o homem é feito para o Estado, em vez do Estado para o homem. Poderão objectar que o Estado, na teoria comunista é uma “realidade intermediária” que “desaparece” quando emergir a sociedade sem classes. Em teoria, isto é verdade; mas também é verdade que, enquanto o Estado se mantém, é ele a finalidade. O homem é o meio para esse fim e não possui quaisquer direitos inalienáveis; os únicos que possui derivam ou são-lhe conferidos pelo Estado.
A nascente das liberdades secou sob um tal regime. Restringe-se no homem a liberdade da imprensa e da associação, a liberdade de voto e a liberdade de ouvir ou de ler. arte, religião, educação, música ou ciência, tudo depende do Estado, e o homem é apenas o servo dedicado do Estado omnipotente
O facto de apesar de ser perfeitamente claro a responsabilidade desta ideologia e força politica, ainda não se conseguiu afasta-la da maioria dos municípios e iniciar um processo de reconstrução e desenvolvimento positivo do distrito. E esse facto representa uma “não vitória” que não merece quaisquer tipo de festividade, pois encontramo-nos ainda longe deste objectivo requerido pelo distrito.
De facto, este objectivo só terá lugar por um trabalho de base de requalificar e mobilizar o partido. De o fazer perceber às pessoas que temos algo de útil a fazer por elas.
O partido deverá ter como prioridade “reestruturar-se e reorganizar-se” no distrito, dando-lhe “consistência técnica e política de qualidade nas suas intervenções”.
É muito importante neste momento termos capacidade de intervenção e, para isso, precisamos de requalificar e reorganizar o partido, abrindo as portas para fora, à sociedade, e aos militantes.
Uma das suas prioridades passa por “reestruturar e reorganizar” o partido no Distrito em termos de estratégia e processos de comunicação tanto interna como externa.
Não se trata apenas de “falta de organização”. Trata-se, antes de mais de reerguer o partido, abrindo-o à sociedade e à participação dos militantes. De requalificar a sua intervenção e de a colocar ao lado das pessoas e dos seu problemas. Trata-se, em suma, de fazer com que o partido seja útil às pessoas.
Combater alguma falta de confiança na actividade desenvolvida pelos partidos políticos.
As concelhias não podem ser abandonadas à sua sorte e entregues ao voluntarismo e à abnegação de uns quantos. Tem de existir uma “bitola de qualidade” impulsionada pelos melhores, gente de enormíssima qualidade que quer dar o melhor do seu esforço e da sua capacidade para ajudar o partido a credibilizar a sua intervenção, e a melhorar a preparação dos seus militantes (em especial aqueles que desempenham funções autárquicas, eleitos em listas do CDS PP).
Promovendo o debate interno e a participação dos militantes na vida do partido. Mostrando que a participação de cada um conta e que pode fazer a diferença. Não tendo medo que haja pessoas mais qualificadas que nós que ajudem o partido e que, por isso, possam assumir funções e lugares de responsabilidade.
Estando aberto ao debate com a sociedade. Ouvindo os cidadãos e as organizações da sociedade.
Percebendo que os lugares partidários se exercem de forma efémera e transitória e que o corporativismo politico não se pode sobrepor aos interesses da qualidade de vida dos cidadãos.
Contribuir para o debate de ideias e para o aprofundar da reflexão sobre os problemas do País e do Distrito. Importa estar atentos à realidade do Distrito. Intervir, de forma consistente e qualificada, sempre que o seu desenvolvimento e o futuro das suas gentes estiver comprometido.
Em articulação com os autarcas do CDS PP e com as comissões políticas locais e em estreita cooperação com os deputados eleitos pelo Distrito.
Que todos percebam que, em primeiro lugar estão as pessoas e só depois as vaidades pessoais e as questiúnculas que nos dividem.
Que todos tenham presente que há um ente colectivo mais importante que a condição individual de cada um. Sei que existem no Distrito pessoas capazes de interpretar esta mudança.
Vamos elevar os objectivos e os graus de exigência dos nossos padrões de trabalho.
Viva os valores da democracia cristã. Viva o CDS –PP.
Viva o futuro do Distrito de Setúbal
CDS-PP
Concelhia de Alcochete
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