Obrigatório PENSAR

Obrigatório PENSAR

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Hora 0

A identidade de uma população não se eterniza com o baptismo de avenidas, ruas ou fontanários e tão pouco se pode resumir á catalogação de eventos passados com exposição em museus.
O que se transmite às gerações de jovens não tem valor se nas acções do quotidiano não contemplarmos actos de valorização, de continuidade e de respeito para com aqueles que deram contributos valiosos para o bem comum.

Podemos cair na tentação de obstruir, na memória colectiva, os nomes, os feitos e os episódios da história que por interesses de uns manipulem a identidade de todos mas isso traduz-se em lacunas que tornam inconsistente a história de uma população.

O desenvolvimento de uma população também é feito pelo respeito e isenta análise da sua história estimulando o exercício da cidadania e procurando encontrar as respostas adequadas às ambições da população num exercício do poder de forma transparente e sempre aberto ao contributo do cidadão.
Talvez porque a democracia portuguesa tarda em amadurecer o exercício da cidadania não é um lugar-comum, mas acautelem-se aqueles que pensam que os brandos costumes e a memória curta são particularidades deste Povo pois já se sente um novo vento, uma vontade de mudar o estado das coisas.

Acredito que sabendo quem somos, melhor saberemos que futuro construir.
Muito mais que os seus monumentos e recursos naturais, Alcochete tem que “ser” a sua gente do passado, do presente a construir para os seus jovens e não pode, debruçada sobre o Tejo, assistir ao progresso á sua volta e bocejar inerte.
Urge acabar com as dependências, os secretos, labirínticos e incompreensíveis projectos que nada têm traduzido para o quotidiano a ambição da população que sabe e sente tudo o que Alcochete pode ser e ainda não o é.

Os que aqui nasceram e aqui vivem e os que escolheram Alcochete para morar e criar os seus filhos ambicionam o mesmo; sentir orgulho da sua terra, de ser parte da sua gente e da sua história.
Hoje relembramos actos valiosos do passado mas no presente devemos reunir vontades e encontrar as soluções que possam, concretamente, construir o futuro que Alcochete ambiciona.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Restauração do Concelho e resgate de um Futuro…


A partir de Outubro de 1895 inicia-se um período de dependência municipal relativamente a Aldeia galega por parte do Concelho de Alcochete. Podemos mesmo afirmar que esta dependência administrativa deu inicio aos sentimentos de insubmissão por parte das populações do concelho extinto, acicatando o conceito de identidade municipal, fortalecendo-se com o tempo.

Foi através do decreto divulgado por D. João Pereira Coutinho: que a restauração do concelho chegou finalmente.
A 15 de Janeiro de 1898 dá-se a publicação em Diário de Governo, Alcochete voltava a Concelho.
A 25 de Janeiro na presença da autoridade administrativa do concelho – D. João Pacheco Pereira Coutinho e vogais nomeados para a Comissão, são eleitos o Presidente, D. António Luís Pereira Coutinho, o Vice-Presidente, José Luís da Cruz e os restantes vogais, Augusto Monteiro Forte, António Luís Nunes Júnior e João Baptista Lopes.

Presentemente, a “insubmissão” faz-se sentir não á Aldeia Galega, mas sim á sensação de letargia e estagnação a toda a latitude do Concelho.
Estamos perante um Concelho  dotado de recursos únicos em quase todas as áreas (turismo, industria, agricultura, etc…); mas inversamente a estas condições “abençoadas”, é um Concelho medíocre nos padrões de  desenvolvimento que a sua população aspira.
Este padrão e desígnio prende-se com a ideologia política vigente que como um cancro, suga quaisquer esboço de sair deste paradigma.

Chegamos a um patamar onde por “esquematização e banalização” o baixar de expectativas e exigências, e a auto-justificação “amplamente interiorizada” como procedimento normal para a quebra perpetuada da aspiração a “algo  melhor”. Estamos a falar de um fenómeno endémico e largamente implementado no tecido social, empresarial.
Portugal no presente percorre o “caminho das pedras” e entranha-se na consciência a necessidade de mudar o sentido e mudar como caminhamos. As crises obrigam a reformas e as vozes de gente desesperançada ouvem-se mais alto. A boa nova, não será desta vez trazida por D. João Pereira Coutinho…
Surge também uma geração que acorda violentamente para a realidade bem diferente daquela que os seus pais lhes anunciaram e na procura de responsabilidades descobrem-se os mesmos; os das promessas e afinal das mentiras.

Podemos distribuir as culpas pela conjuntura internacional, ou pelos mercados desregulados, mas certamente que atribuiremos muitas das culpas á incompetência, incúria e corrupção de muitos políticos e gestores públicos que lideraram políticas erróneas, erradas ou pautadas por ausência de valores fundamentais.

É desta pirâmide de “desalinhados” com o sistema que pode partir a restauração …dos valores, sistema esse onde perdem automaticamente o direito de se “bater de igual para igual” em temas que muitas vezes têm mais competência que as organizações que constantemente terminam esses processos em vantagem dos demais, independentemente do seu real valor; ocorrendo o normal processo de “aculturação” ao sistema endémico ou ao desaparecimento de organizações de valor de inegável.

O Futuro dependerá daquilo que fazemos no Presente”.
Orlando Veríssimo Lopes Rubio
Presidente Concelhia CDS-PP Alcochete 


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