Face
ao grave conflito social provocado por uma crise institucional e económica que
se tem vindo a agravar, vivido pelos povos ucranianos e venezuelanos, que tem
como palcos principais as cidades de Kiev e Caracas, não podemos nós CDS-PP
ficar indiferentes a tão lamentável situação que atenta contra os direitos mais
básicos e fundamentais da condição humana.
Vejamos
o povo ucraniano que não esquecendo a sua história recente, tem ainda presente
as marcas de um plano bárbaro que levou ao extermínio de 7.000.000 de pessoas
através de uma morte lenta e agonizante provocada pela fome imposta.
É
este mesmo povo que confrontado com o seu grande país à beira da ruptura
económica, ameaçado pela perda de independência e subjugação a uma outra nação,
que, cansado de assistir á opulência em que viviam os seus governantes
adquirida de forma ilícita e no total desrespeito pelo seu povo, disse basta e
veio reclamar aquilo que no mínimo é seu por direito.
É
este povo que humildemente se manifesta por uma vida condigna e que pede ajuda
a outras nações, vê como resposta de um lado exercícios militares e do outro o
reconhecimento das suas dificuldades e pronta ajuda.
Vejamos
agora o caso venezuelano, falamos de um país que, pese embora sendo um dos
principais produtores de petróleo do mundo vê-se confrontado com uma inflação
que na realidade pode ser seis vezes superior à anunciada de 56%.
Um
povo que se viu confrontado com a nacionalização da indústria alimentar e que
por consequência disso vê essa mesma indústria operar em condições
insuficientes levando à escassez de bens essenciais.
É
verdade que esses bens são subsidiados mas de que adianta isso se eles não
existem ou os poucos que ainda vão havendo são racionados?
É
este povo que tem consciência que tal problema não pode ser resolvido através
da importação desse mesmos bens, consequência da situação económica do seu país
e que faz dele mau pagador.
Foi
este povo que viveu na ilusão da protecção do Estado ao ver surgir nas suas
camadas mais pobres, o ensino e o apoio médico, situações que se verificaram
enquanto houve dinheiro e que agora se vê repentinamente privado destes
serviços.
São
estes dois povos, Ucraniano e Venezuelano que diariamente se manifestam nas
ruas, que reclamam por justiça, que querem ser governados de forma séria e
honesta e que aos outros povos pedem ajuda, no fundo, que querem ver os seus
direitos fundamentais e liberdades reconhecidos que são apelidados de fascistas
por aqueles que se dizem defensores intransigentes dos direitos e liberdades.
Afinal,
tem um povo o direito ou não de reclamar e de lutar por aquilo que defende de
melhor para si?
Afinal,
tem um povo o direito e a liberdade de querer viver de forma condigna, no total
respeito dos Direitos Humanos e de ser independente?
Ou
será que quando um povo se manifesta e luta por tudo isto, indo contra aqueles
que o governam, é forçosamente fascista?
Concelhia do CDS-PP Alcochete