Obrigatório PENSAR

Obrigatório PENSAR

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Quando o bipolarismo toma conta de um Município


O 1.º de Dezembro é o próprio Dia de Portugal por natureza das coisas, o dia que, no calendário oficial, celebra o facto sem o qual não existiríamos como Estado, Povo e Nação independentes.
Defende-se a importância deste feriado afirmando que “evoca a última vez em que, estando sob domínio estrangeiro e tendo perdido a independência nacional, Portugal a reconquistou pelas armas, pondo fim ao domínio dos Filipes (1580-1640) e restaurando assim a soberania nacional independente.

A iniciativa, que pretende comemorar os 374 anos da Restauração da Independência (1º de Dezembro) e homenagear a importante acção formativa e cívica das bandas filarmónicas, conta com a presença de 29 agrupamentos de todo o país e mais de 1500 músicos.


A 3ª edição do desfile partiu do monumento aos Combatentes da Grande Guerra, desceu a Avenida da Liberdade até à Praça dos Restauradores, onde teve lugar uma interpretação conjunta de todas as bandas participantes dos hinos da Maria da Fonte, da Restauração e do Hino Nacional, sob a direcção do Maestro Délio Gonçalves, da Banda da Armada.









Participação da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 como representante do Distrito de Setúbal









Diferentes formas de representatividade cultural também estiveram presentes:










A Grande Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 a tocar o hino no desfile de bandas 1º de Dezembro 2014

Organizado pela Câmara Municipal de Lisboa, pela EGEAC e pelo Movimento 1º de Dezembro, o desfile tem o apoio da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, com transmissão em directo da RTP.

O Movimento 1.º de Dezembro foi formalizado a 12 de Julho de 2012, através de um protocolo com a Sociedade Histórica da Independência de Portugal (SHIP), e é dirigido por uma comissão coordenadora.
A comissão representativa dos cidadãos subscritores é constituída por José Ribeiro e Castro (deputado), general José Garcia Leandro, Jorge Miranda (constitucionalista), Jorge Rangel (presidente do Instituto Internacional de Macau), Manuel Braga da Cruz (reitor da Universidade Católica Portuguesa), Margarida Gonçalves Neto (médica), Matilde Sousa Franco (museóloga), Pedro Quartin Graça (jurista e político) e Ricardo Sá Fernandes (advogado).



Se ainda subsistissem dúvidas em individualidades com responsabilidades, mas que parecem evidenciar alguma  "dormência", aqui fica uma excelente explicação por parte de um dos membros da Organização, a incansável Maria Palmira Gonçalves:


Conforme muito bem identificado por parte da Maria Palmira no minuto 2 do video -
"Isto tem de haver sempre o apoio da Câmara Municipal, porque é imprescindível."


É extremamente importante e imperativo defender a nossa identidade cultural e as Bandas Filarmónicas. Não é fácil manter uma instituição como uma Banda pelos mais diversos custos que uma instituição como esta acarreta. Porém, é extremamente gratificante verificar que as Bandas são, cada vez mais, compostas por gente jovem. Cabe a todos nós não deixar " morrer" estas instituições de carácter cultural. Todavia, os apoios são cada vez mais escassos e, por isso, torna se cada vez mais difícil manter estas instituições. Como alguém disse as Bandas Filarmónicas são as "Orquestras do Povo". 
Este evento é um serviço público. Que merece o apoio e empenho dos munícipes e municípios de cada Concelho presente neste verdadeiro desfile de representatividade de cultura local. Foi com muito orgulho que as bandas desceram os Restauradores.


E é neste enquadramento que gostaríamos de tornar pública parte da ultima Assembleia Municipal de 25 de Novembro, na qual a vereadora Raquel Prazeres mostrou estupefacção com a nossa solicitação de reunião junto do município ( Link ) e confessou até total desconhecimento, em tom de discriminação, acerca do Movimento do 1º de Dezembro, bem como deste evento nacional (Desfile de Bandas Filarmónicas).


Sublinhou o Presidente do Município, Luís Franco, que sempre existiram excelentes relações entre o município e a Sociedade Imparcial, no passado, no presente e no futuro, não havendo razão para a intervenção do CDS-PP de Alcochete.


Ora, não comentamos o passado e esperamos que estas excelentes relações se materializem no futuro, mas quanto ao presente é de facto atípico de uma relação que se diz "excelente" o cenário com que nos deparámos, pois invocando problemas de agenda (imagine-se), justificou-se ou procurou justificar-se o facto de o Sr Presidente ainda não ter recebido ( facto à data de 25 de Novembro de 2014) a nova direcção que está em funções há 1 ano e ainda não havia conseguido apresentar cumprimentos ao Município, facto que publicamente divulgado na seguinte publicaçãoLink publicação ).
Aliás, esperemos que este "standard de excelência de relações", não seja extensível às restantes colectividades do Concelho...


Mais do que coincidência, é o facto que passados 2 dias após a Assembleia Municipal, no dia 27 de Novembro, finalmente a "preenchidissíma" agenda do presidente Luís Franco se tenha "descongestionado" e finalmente tenha reunido com os representantes da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898.


De facto, somos obrigados a concordar com o Srº vereador Jorge Giro, quando afirmou que os sócios da Imparcial têm de ter "conhecimento disto...".

Aliás observação em consonância com o apontamento efectuado nessa mesma reunião de Assembleia de dia 25 de Novembro do 1º Secretario da Assembleia, Rui Santa, "...em 25 anos de colectividades, nunca tinha visto nada assim...".


Sem dúvida que foi o pensamento que mais recolheu unanimidade nos presentes do Desfile das Bandas do 1º de Dezembro ( o tal que a vereadora e alguns deputados municipais fizeram questão de deixar claro que não conheciam ou mesmo que era algo marginal ou partidário), pois a surpresa foi geral tanto nos representantes dos municípios das colectividades tal como nas colectividades representadas. A Banda de Alcochete foi a única Banda, das presentes, que não teve qualquer acompanhamento por parte de representantes do município. 

Na recepção aos autarcas ( que eram na esmagadora maioria autarquias do PS, esvaziando, assim, o pobre conteúdo da ideia que o município quis fazer passar - "evento politico")foi confrangedoramente visível esta ausência, como se os municípios se pudessem dar ao luxo de desperdiçar estes momentos para divulgar os seus concelhos. 

Aliás, irónico foi o facto de apesar da organização ter mencionado que não tinha ocorrido qualquer acompanhamento de nenhum autarca de Alcochete, no momento que a banda que nos representava descia a avenida, as equipas da RTP procuram "o tal" autarca para entrevistar e falar um pouco sobre o Concelho... 


Foi notório o orgulho com que as Bandas desfilavam pela avenida em representação das suas regiões enquanto os seus autarcas se desdobravam em operações de charme e preocupações com o bem estar dos seus (as suas bandas).

Deixamos aqui alguns exemplos da importância deste evento para alguns municípios:


  • Montemor-o-Velho

       
  • Viana do Castelo

Nem o transporte foi cedido na totalidade à Banda Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898...


Eventualmente o município deixa essas benesses para outro tipo de necessidades mais importantes para a representatividade do Concelho:





  
Foi com muito orgulho que observamos a Banda Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 descer os Restauradores.
A SIA é, de facto, uma Colectividade que enche de orgulho os Alcochetanos, e leva o seu nome mais longe, através de profissionais dedicados e músicos briosos.


Bem hajam! Obrigado.


Agradecimento dos nossos autarcas Patrícia Pinto Figueira e Nelson Pinto ao coordenador-geral do Movimento 1º de Dezembro e à incansável Palmira Gonçalves, que nos possibilitou endereçar o convite à Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 como representante do Distrito de Setúbal.




Lista de Bandas do Desfile M1D 2014
Orlando Rubio

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