Obrigatório PENSAR

Obrigatório PENSAR

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Os números são uma verdade de 'La Palisse'.



Numa das intervenções do Senhor Presidente da CM de Alcochete na última Assembleia Municipal extraordinária, cujo tema central se focou na situação financeira do município e na necessidade de contratação de empréstimo bancário a médio e longo prazo, este voltou a afirmar que “um responsável” da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo “obrigou o executivo municipal a desistir de vários projectos” cofinanciados!

Ora, como já tivemos oportunidade de informar, o que o Senhor Presidente pretendeu insinuar como sendo um acto persecutório de um dirigente “nomeado pelo CDS-PP”, reafirmamos nós que não passou de um procedimento regulamentar do órgão que gere estes projectos, (que se quer cumpridor da Lei e da boa gestão dos fundos), e que foi tão só consequência dos sucessivos incumprimentos da Câmara no que se refere a todos os prazos possíveis para a execução material e financeira desses referidos projectos, pondo em causa a boa afectação das verbas, a boa utilização dos fundos comunitários e ainda impossibilitar outros beneficiários em melhores condições financeiras e com melhor capacidade de gestão, de utilizarem esses apoios.

Mas as afirmações repetidamente proferidas pelo Senhor Presidente, forradas de insinuações inverosímeis e de acusações que pretendem responsabilizar outros por aquilo que o executivo de maioria CDU não sabe fazer bem, ou não sabe fazer de todo, mais não são que manobras para encobrir a verdadeira incapacidade de governar no sentido do interesse de Alcochete.

Mas para exemplificar até onde se repercutem as reais dificuldades financeiras da Câmara, sempre negadas pelo executivo, atentemo-nos sobre o projecto de caminhos do PRODER, alvo de notícia num jornal local, com contornos propagandistas e pouco rigorosos, que não informa o verdadeiro ponto de situação sobre este investimento; a verdade é que o município contratou este projecto ao PRODER Caminhos Rurais em 2010, para o executar em dois anos conforme clausulas contratuais, com um investimento total na ordem dos 800.000 euros, e só em 2014 (ano final da vigência deste quadro comunitário e no prazo limite admitido pelo regulamento do PRODER), conseguiu apenas executar desta verba, um investimento 157.861,45 euros para 3 caminhos, por processo de ajuste directo em vez de concurso publico, não garantindo a devida transparência, nem a melhor relação qualidade/preço, nem a defesa dos interesses de Alcochete. Verifica-se assim que vai ter que se devolver cerca de 200.000 euros, adiantados pelo fundo comunitário, por não utilização!

Considerando que tal projecto prevê uma “comparticipação comunitária de 85% sobre o valor contratual sem IVA” (lê-se na noticia), verba da qual o “Estado não é dono”, como foi afirmado pelo Senhor Presidente, só a total incapacidade financeira da Câmara para assegurar a parte não comparticipada do investimento (autofinanciamento de 15%), justifica este esbanjamento de oportunidades e dos apoios a fundo perdido. Por este exemplo, torna-se por demais evidente que, como diz o povo, estamos com a corda na garganta. Também não é menos evidente que o caminho de há largos anos até hoje, não serviu para corrigir nada.

Devido à crise e ao plano de assistência financeira, as empresas, as famílias, mas também os municípios portugueses, foram obrigados a rever as práticas de gestão dos seus recursos e de forma mais premente que antes, introduziram a palavra sustentabilidade nos argumentos de decisão e de gestão.

A legislação para os municípios foi alterada, mas aplica-se a todos os municípios e de nada vale ao executivo de Alcochete o lamento e a tentativa de desresponsabilização por não ter conseguido assimilar, corrigir, prevenir, ter visão, construir estratégia e nada fazer para alterar a realidade financeira do município; a sua dependência das mesmas receitas e o contínuo aumento da dívida.

Nada foi corrigido para conter a despesa. Nada foi feito para estimular a economia local. Nada foi feito para sair do ciclo vicioso, desde cedo denunciado, de aumento da despesa e consequente aumento do endividamento e nota-se agora também que nada fez para evitar o desperdício de fundos comunitários.

No programa eleitoral autárquico de 2013, o CDS-PP apresentou um diagnóstico realista da doença financeira da Câmara, apresentou medidas alternativas para conter a despesa e estimular o crescimento económico do município, mas que foi sempre e sucessivamente desmentido.

Vem agora o Senhor Presidente da CM e seus Vereadores CDU, anunciar a cura para a doença financeira da Câmara, contratando novo empréstimo bancário, desta vez de 7 milhões de euros, penhorando até 2025 a parcela restante do futuro de Alcochete, deixando sem qualquer margem de evolução para os próximos 12 anos, sustentando tal decisão num atabalhoado Plano de Saneamento Financeiro da Câmara, que promete realizar-se com base em miragens como a receita do IMI (apresentando números comprovadamente irrealistas), em venda de património imobiliário (num momento de desvalorização generalizada) e, entenda-se “custe o que custar”, aumentando outras taxas e impostos. Tudo para garantir o cumprimento deste empréstimo. Por exemplo, prever um aumento de receita de IMI superior a 40%, a tão largo prazo, quando, a partir de 2015, ano já sem os efeitos da cláusula de salvaguarda, a tendência será a redução do valor dos imóveis para efeitos fiscais, nem que seja pela iniciativa dos contribuintes.

Desperdício, incapacidade e incompetência, são o que se torna evidente desta gestão municipal (a dívida quadruplicou desde 2009), que vem sendo encoberta por verborreia contínua, com discurso dilatório e ensopado de inconsistências e de deturpação dos factos agora demonstrados e irrefutáveis.

É impossível negar a evidência, mas mesmo assim, em outra intervenção do Senhor Presidente da Câmara na AM, este cuidou de corrigir o cumprimento de “boa tarde” de um deputado municipal do CDS e “esqueceu” o devido justificativo sobre as contas do município. Ainda lamentou que durante o debate da campanha eleitoral para as autárquicas, que a falta de imparcialidade do moderador não lhe tenha permitido esclarecer sobre a falta de sustentabilidade financeira das contas da Câmara. Faz sentido? Não, mas aparentemente, só alguém absolutamente convencido que está perante uma plateia de gente incapaz, é que pode acreditar que acreditam nele.

Para quem tanto verbaliza contra as políticas do Governo, apelidando-as de pacto de agressão e que agora apresenta a solução através de mais endividamento bancário a 12 anos, acompanhado de um “brutal” aumento de impostos a aplicar aos Alcochetanos num momento de crise, contradiz as suas próprias palavras e admite a sua total incompetência para estar à frente dos destinos desta população. A título exemplificativo, só a proposta de aumento da taxa de IMI de 0,4% para 0,45%, fará com que os Alcochetanos passem a pagar mais 12% deste imposto: é um aumento de 50 euros para quem tem um imóvel com um valor patrimonial tributário de 100 000 euros. 

O CDS-PP votou contra esta proposta do executivo de maioria CDU de mais endividamento, assente no modelo de constante défice e demonstrativo de total incapacidade de administração pública, de apresentação de soluções sustentáveis e de defesa do futuro do município.

Mas o CDS-PP, cumprindo o seu programa eleitoral e contrariando a estratégia deste modelo gasto e falido, apresentou nesta mesma Assembleia, uma proposta de elevado interesse para toda a população de Alcochete e que possibilita uma efectiva redução de despesa, desta feita em matéria de iluminação pública. Solicitámos ao executivo a marcação de uma reunião para discussão de um projecto técnico para a área da iluminação pública, prevendo a sua execução com apoios comunitários e sustentado num estudo onde se pode ler:
“Se calcularmos os valores mensais num período de tempo alargado a Autarquia na vertente Iluminação Publica passaria a ter um gasto médio anual de 616.064,40€, em vez de 1.414.823,76€, com a implementação deste projecto.”

Não perguntem o que Portugal pode fazer por nós, mas o que podemos fazer por Portugal.

22, de Julho de 2014


Vera Alves


quinta-feira, 24 de julho de 2014

“Eficiência Energética na Iluminação Pública de Alcochete”.

Município de Alcochete
Exmo. Sr. Presidente
Largo de São João
2890-000 Alcochete

Alcochete, 21 de Julho de 2014

Assunto: Solicitação de Reunião para apresentação do Plano:

 

Eficiência Energética na Iluminação Pública de Alcochete”.

       

Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Alcochete;
Pelo presente, vem a concelhia do CDS de Alcochete, solicitar o agendamento de uma reunião de trabalho com o quórum que achar adequado para o efeito, de modo a podermos proceder á apresentação de um plano de eficiência energética para o nosso concelho, conforme o previamente anunciado na passada sessão extraordinária da Assembleia Municipal.
Apresentando a V. Ex.ª os nossos melhores cumprimentos, subscrevemo-nos.

O Presidente da Comissão Politica Concelhia do CDS Alcochete

Orlando Rubio
Este projecto pretende, na sua globalidade, contribuir para melhorar a eficiência energética global da iluminação pública na cidade. 
O uso eficiente de energia é uma crescente preocupação devido à diminuição de recursos e a consequências climáticas cada vez mais marcadas, representando ainda um papel fundamental ao nível económico e de competitividade. É neste contexto que surgem diversos programas e estratégias nacionais e europeias, como o ECO.AP (Plano de Eficiência Energética na Administração Pública) que visa obter nos serviços públicos e organismos da Administração Pública, até 2020, um nível de eficiência energética na ordem dos 20% face aos atuais valores. Nestes objetivos enquadra-se também a utilização racional de energia e a eficiência energético-ambiental em equipamentos de iluminação pública (IP).
Adicionalmente a estes objetivos estratégicos, a IP representa um peso importante nas despesas correntes dos municípios. É assim importante uma solução que permita manter níveis de segurança e conforto necessários às populações e que proporcione uma redução substancial do peso da IP nas despesas municipais.
 A nossa proposta, após a identificação das principais lacunas, propõe-se como solução uma plataforma de gestão e monitorização da rede de IP capaz de agregar informação de caracterização tecnológica e geográfica de todos os componentes que a constituem, de forma hierárquica.

Assim sendo e após as várias análises às diversas lâmpadas existentes na iluminação das ruas do conselho deAlcochete, chegou-se à conclusão que a autarquia na época de Verão, isto é menor tempo de emissão de luz artificial tem um consumo de 639360 kwh que em custas para a autarquia ronda os 89.830,08€caso a tarifa por kwh seja os 0,1405€ como em várias outras autarquias mais a taxa de potência contratada que tem sempre um peso acrescido na factura na ordem dos 3 a 4%.

Por outro lado e se for a analisar o consumo de energia na época de Inverno, aonde devido às condições específicas do ano por escurecer mais cedo vai ser necessária a utilização de mais kwh o que faz com que suba as despesas da autarquia na variante iluminação pública vai subir substancialmente para uma média de 1038960 kwh com as custas acrescidas para uma média de 145.973,88€ caso a tarifa por kwh seja de 0,1405€ mais a respectiva taxa de potência contratada.

Todos estes cálculos são estimados apenas a 30 dias mas se for para alargar o período de tempo a autarquia tem um custo na vertente de iluminação pública anual na ordem dos 1.414.823,76€ em média, visto que não se calculou a taxa de potência contratada.
Neste caso já com lâmpada Led em substituição direta passa de 639360 kwh com vapor de sódio para 278400 kwh, o que faz uma redução na ordem dos 56% já para não falar na anulação de 405,35 toneladas de co2por mês na iluminação pública do conselho de Alcochete.

No que diz respeito á parte dos honorários pagos a EDP passaria a ser dos 89.830,08€ para 39.115,20€ estes valores servem de mero exemplo para o chamado horário de Verão.
No caso da alteração de lâmpadas de vapor de sódio para sua substituição direta para lâmpadas Led de Alto Brilho passa de 10389601wkwh para 452400kwh o que faz uma redução acentuada na ordem dos 56% já para não falar na emissão de 658,66 toneladas de co2 por mês que passaria a ser extinta com tecnologia LED.
No que diz respeito á parte de honorários pagos á EDP passaria a ser de 145.973,88€ (sódio) para 63.562,20€ mensal, estes valores servem de mero exemplo para o horário de Inverno.

Se calcularmos os valores mensais num período de tempo mais alargado a Autarquia na vertente Iluminação Publica passaria a ter um consumo medio anual de 616.064,40€, em vez de 1.414.823,76€.

É neste enquadramento, que a Bancada do CDS, no âmbito da sua acção proactiva em prol de Alcochete, gostaria de promover uma reunião junto do município, de modo a efectuar uma apresentação desta proposta com nítidos ganhos para o município.
Igualmente, a elaboração deste tipo de projectos, esta abrangido pelo Programa Europeu “Transparense”.

O objetivo do projeto Transparense é aumentar a transparência e honestidade do mercado dos contratos de desempenho energético (CDE) em toda a Europa. O projecto conta com vinte parceiros de diversos países da Europa, onde o mercado dos CDEs está já bem desenvolvido ou ainda num estádio embrionário. Isto faz com que o projecto tenha um elevado potencial no desenvolvimento e estabelecimento do mercado Europeu de CDE, alcançando substanciais poupanças energéticas.
O projeto Transparense teve início em abril de 2013 e será concluído em setembro de 2015.

Bancada do CDS, conforme anunciou na sessão, irá marcar uma reunião de trabalho junto do Município, de modo a apresentar o projecto técnico em conjunto com o técnico Francisco Alves.


domingo, 20 de julho de 2014

RESUMO ASSEMBLEIA MUNICIPAL


RESUMO ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Na passada 6ª feira, reuniu a sessão extraordinária da Assembleia Municipal, nos Paços do Concelho, para discutir e deliberar sobre um pedido de financiamento bancário de € 7 Milhões de euros, avançado pelo actual executivo.

Foi apresentado pelo executivo CDU, através de um técnico externo ao Município, Dr Jorge Pinto, que, a fazer fé nas suas palavras, efectuou já muitos planos similares para outras autarquias, o seu Plano de Saneamento Financeiro, através do qual se propõe sanar a dívida de curto prazo da CMA, recorrendo à banca ….. A oposição foi unânime em apontar dúvidas de carácter técnico a este plano, pese embora apenas a bancada do CDS-PP tenha votado contra o documento, apontando soluções ao nível da redução da despesa.

A propósito do problema da DESPESA, foi mais uma vez levantada pela bancada do CDS-PP a questão dos custos com a vereação do executivo CDU, que decidiu nomear 4 (quatro) vereadores, com custos de vereação perfeitamente desajustados á densidade populacional do Concelho, e cujos encargos poderiam ser aproveitado na “obra social” referida pela vereadora Susana Custódio. 
A rubrica dos custos de vereação, são uma despesa e um peso no orçamento do município, que deveriam reverter para investimento no próprio concelho.

Foi igualmente sugerida a elaboração de um Plano de Sustentabilidade do Município, através do qual se criem receitas alternativas, provenientes quer do turismo quer da implementação de empresas.


Propôs ainda a bancada do CDS-PP sentar-se à mesa com o executivo CDU, para discutirem uma proposta que permitirá ao Município reduzir os custos com iluminação pública em 56%, através da aplicação de um programa de fundos cuja comparticipação se cifra na ordem dos 90%.

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DECLARAÇÃO DE VOTO

EMPRÉSTIMO DE MÉDIO E LONGO PRAZO NO ÂMBITO DE PROGRAMA DE SANEAMENTO FINANCEIRO – AUTORIZAÇÃO PARA CONTRACÇÃO DE UM EMPRÉSTIMO DE MÉDIO E LONGO PRAZO E APROVAÇÃO DO ESTUDO E PLANO DE SANEAMENTO FINANCEIRO

É sem surpresa que vemos este pedido de financiamento, pois, contrariamente ao que tem sido constantemente negado desde o período de campanha eleitoral pelo actual executivo, que sempre afirmou que não viria a necessitar de recorrer a qualquer financiamento para tentar sanar uma divida fora de controlo do Município, por nós identificada, divulgada e suportada por dados concretos, é agora assumida face à situação financeira da Autarquia.

Sendo a finalidade imediata/primordial deste empréstimo o pagamento de dívidas a fornecedores, este pedido evidencia, antes de mais, um problema estrutural de gestão da coisa pública, que se tem revelado ineficiente, mas que necessita contudo, de ser resolvido.
Mesmo defendendo que este problema necessita de solução, não entendemos porque razão o Município se apressa a recorrer a um financiamento bancário, onerando a Autarquia por um prazo de 12 anos, (leia-se 3 mandatos), realizando uma operação que, no imediato, apenas visa trocar, de forma directa, uma dívida de 7 Milhões € por 7 Milhões €, por outra de igual valor, acrescida de juros e custos financeiros altíssimos, provenientes do BES, uma instituição bancária com um futuro inserto e de grande risco a nível de estabilidade económica, sem esperar pela definição concreta das condições em que poderá recorrer ao Fundo de Apoio Municipal (FAM), obtendo um contrato de empréstimo, com a possibilidade de incluir um Plano de Reestruturação de Dívidas (PRD), que permite negociar com credores.

Defendemos que devem ser ponderadas e confrontadas as 2 (duas) soluções, atendendo aos períodos de amortização previstos para cada caso, aos encargos e ao custo de oportunidade de cada um.

Não obstante o financiamento aqui proposto não ser suficiente para equilibrar as contas do Município, uma vez que a dívida a fornecedores não desaparece totalmente com os 7 M€, acresce que a Autarquia terá de suportar, ainda que com 1 (um) ano de carência, para além do capital, os juros e custos inerentes a uma operação financeira deste montante, colocando-se deste modo em risco a sua capacidade, que já é muito débil, de cumprir os seus compromissos básicos e assegurar o seu normal funcionamento, uma vez que a tendência será o aumento da dívida, pois sobre o capital em dívida vencem-se permanentemente juros de mora.

Poderia ter ido o actual executivo mais além, interligando o Plano de Saneamento Financeiro com um Plano de Sustentabilidade do Município, onde fossem apresentadas soluções de aplicação real, para criar receitas alternativas provenientes, quer do turismo, da implementação de empresas, quer de outros meios que retirem a gestão da coisa pública do já gasto modelo de Financiamento Municipal.
Acrescem a tudo isto, as operações de venda do património que a CMA se compromete a alienar todos os anos, no valor médio de 200 mil euros até 2026 e cujo seu valor real de mercado para venda, será completamente desvalorizado pela actual crise do sector imobiliário.

Em suma, a decisão de contrair este empréstimo, atendendo à situação em que se encontram as finanças do Município, evidencia um adiamento da resolução dos graves problemas financeiros do Município e cuja evolução tem sido crescente nos últimos 9 anos, sem garantia ou probabilidade de sucesso, comprometendo mesmo o futuro da Autarquia, independentemente de quem a venha a gerir.

Pelas razões enunciadas, e por considerar este pedido de financiamento, a ser concedido, altamente lesivo do interesse dos Alcochetanos, vota a bancada do CDS-PP contra a proposta apresentada.

Alcochete, 18 de Julho de 2014

                                                                                      A BANCADA DO CDS-PP

                                                                                     PATRÍCIA PINTO FIGUEIRA
                                                                                                            JOÃO LOPES
NELSON PINTO
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Eficiência Energética na Iluminação Pública de Alcochete


Eficiência Energética na Iluminação Pública
Este  projecto  pretende,  na  sua  globalidade,  contribuir  para  melhorar  a eficiencia energética global da iluminacao pública na cidade.
0 uso eficiente de energia é uma crescente preocupação devido à diminuição de  recursos  e  a  consequências  climáticas  cada  vez  mais  marcadas, assumindo ainda um papel fundamental ao nível económico e um factor de competitividade.  É  neste  contexto  que  surgem  diversos  programas  e estratégias  nacionais e europeias,  como o ECO.AP (Plano de  Eficiência Energética na Administração Pública) que visa obter nos serviços publicos e organismos  da  Administração  Pública   até           2020   urn  nível  de  eficiência energética na ordem dos 20% face aos actuais valores. Nestes objetivos enquadra-se também a utilização racional de energia e a eficiência energético-
ambiental em equipamentos de iluminação pública (IP).
Como sabemos, a iluminação pública representa urn peso importante nas despesas correntes dos municípios. Nesta conformidade, urge uma solução que permita manter níveis de segurança e conforto necessários às populações e que proporcione uma redução substancial do peso da IP nas despesas municipais.










Na sequência de análise às diversas lâmpadas existentes na iluminação das ruas do concelho de Alcochete, chegou-se à conclusão que a Autarquia, na epoca de Verão, na qual ocorre uma menor emissão de luz artificial, tern urn consumo de 639.360 kwh, consumo que representa para a Autarquia um custo que ronda os € 89.830,08„ tendo por base uma tarifa de € 0,14/Kwh, montante ao qual temos de somar a taxa de potência contratada, que tem sempre um peso acrescido na factura na ordern dos 3 a 4%.
Por outro lado e se analisarmos o consumo de energia na época de Inverno, na qual, e por escurecer mais cedo, utilizando-se mais kwh, facto que faz aumentar  os  gastos  com  iluminação  pública  para  um  valor  médio  de €145.973,88, com base numa tarifa de 0,14/Kwh, mais a respectiva taxa de potência contratada.
Tendo em conta que estes valores respeitam apenas a um período de 30 dias, estima-se que a  Autarquia terá custos anuais com a iluminação pública, em media, na ordem dos € 1.414.823,76, e isto sem calcular a taxa de potência contratada.
Procedendo-se à substituição das actuais lâmpadas por lâmpadas Led, teria a Autarquia ganhos imediatos ao nível da poupanca, uma vez que, e no período de  Verão,  caíriam  os  gastos  de €89.830,08  para     €39.115,20  mensais, enquanto  que  no  periodo  de  inverno,  passariarn  
de            145.973,88€     para €63.562,20. Por seu turno, e comparando os gastos anuais com iluminação pública, estes baixariam para  616.064,40, ao invés de € 1.414.823,76 estimados.          



Ao nível energético, ficaria a Autarquia e os os seus municipes igualrnente beneficiados, pois há uma redução na ordem dos 56% no consumo de Kwh (que passariam de 639.360 kwh pare 278.400 kwh), já para não falar na anulação de 405,35 toneladas de co2 por mês na iluminação pública do concelho de Alcochete.

Se quisermos ir mais longe, e substituirmos  lâmpadas de vapor de sódio por lâmpadas Led de Alto Brilho o consumo passa de 10.389.601  kwh para 452.400 kwh, o que se traduz numa redução acentuada na ordem dos 56%, já para não falar na emissão de 658,66 toneladas de co2 por mês que passaria a ser extinta corn tecnologia LED.

A elaboração deste tipo de projecto está abrangido pelo Programa Europeu "Transparense", que se destina a aumentar a transparência e honestidade do mercado dos contratos de desempenho energetico (CDE) em toda a Europa, e que se iniciou ern Abril de 2013 e será concluído em Setembro de 2015.

Este programa conta com vinte parceiros de diversos paises da Europa, onde o mercado dos CDEs este bem desenvolvido ou já num estádio embrionário. Isto faz corn que o projecto tenha urn elevado potencial no desenvolvimento e estabelecimento  do  mercado  Europeu  de  CDE,  alcançando  substanciais poupanças energéticas, e,   muito   importante,   tem   percentagens   de financiamento na ordem dos 90%.

É neste enquadramento, que a Bancada do CDS, no âmbito da sua acção proactiva em prol de Alcochete, gostaria de promover uma reunião junto do Município, de modo a efectuar uma apresentação desta proposta com nítidos ganhos para a Autarquia. 

A Bancada do CDS-PP

terça-feira, 1 de julho de 2014

Reunião de Junta de São Francisco




Atribuição de Voto de Louvor ao Sr.º Francisco Correia

É com profundo pesar que vejo afastar-se do órgão representativo da democracia em São Francisco alguém como o Srº Francisco Correia.

É a prova viva que se pode participar politicamente e activamente na defesa da sua freguesia sem visões condicionadas pela febril visão politica que por norma tolda a visão dos autarcas.

Apesar de normalmente não se observar este tipo de nobre comportamento por parte da bancada da CDU, sou obrigado a clamar por um mais que merecido reconhecimento a este homem que sente e vive a sua freguesia como ninguém aqui presente nesta sala.

Francisco, antes de perguntar – “ Quem és tu? De onde és? Qual é a tua ideologia?”.
Pergunta – “ O que podes fazer por São Francisco? “, e caminha lado a lado sem consternações e pruridos junto de quem quer trazer maior qualidade de vida e visibilidade a esta freguesia abençoada pelos Santos.

De facto, esta postura indica a maturidade e transparência que rareiam nos órgãos autárquicos deste país. A sua cidadania e amor à freguesia não pode ser reclamada por partido nenhum.

Francisco é São Franciscano, e o seu trabalho pela freguesia atesta isso, louva-se este sentimento de cidadania, demonstrativo de preocupação pelo bem comum nesta freguesia.

Viva São Francisco e viva os São Franciscanos que querem o bem da sua linda Freguesia.


Bancada do CDS
Orlando Rubio


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Recomendações
Venho por este meio efectuar as seguintes recomendações:
1.      Problemas no Centro escolar de São Francisco:
Foi identificado uma enorme infiltração na área de corredores para o Pré (em anexo). Tal como a quebra de um vidro amplo na zona de refeitório.

Não se percebe como se pode efectuar um pagamento incremental de 89.602€ relativo á construção da escola, quando ainda se identificam problemas inerentes á garantia da construção?

2.      Problemas nas vias de comunicação da Freguesia:
Ficou evidente com as chuvas dos últimos tempos que as vias de comunicação se encontram deploravelmente conservadas, resultando facilmente em consideráveis charcos assim que as condições climatéricas se agravam, tornado a circulação mais perigosa decorrente dos inúmeros lenções de água.

  
3.      Alerta para os horários duplos no Centro Escolar de São Francisco:
Considerando que, desde há alguns anos, a legislação em vigor e todos os Despachos que anualmente regulam a abertura de cada ano escolar referenciam que, para o 1.º CEB o horário a privilegiar é o horário normal (5h letivas distribuídas pela manhã e tarde), importa referir que esta decisão que se encontra plasmada na legislação é sustentada pelo resultado de vários estudos científicos realizados sobre esta problemática dos horários versus resultados académicos versus comportamento dos alunos.
Durante o ano letivo de 2013/2014 constatamos que, pese embora, duas salas da EB1/JI de S. Francisco se encontrassem disponíveis, turmas houve que tiveram horário duplo da manhã e duplo da tarde (claro que, desta forma as salas foram necessárias para o funcionamento da CAF). É imperativo, para uma melhor integração na escola e melhor desempenho dos nossos alunos que na rede escolar do nosso concelho, concretamente em S, Francisco, todos possam ter horário normal.
Importa ainda referir que durante todo o ano letivo de 2013/14, os alunos que frequentaram a escola em regime duplo (componente letiva) só de manhã ou só de tarde tiveram, todos os dias, menos 30 minutos de atividade letiva o que, no final do ano, totaliza mais de 82 horas letivas a menos do que os alunos que frequentaram o mesmo ano e que tiveram horário normal.
Para que no próximo ano letivo (2014/15) não aconteça o mesmo, os horários terão necessariamente que ser alterados. Não havendo intervalo entre o turno do duplo da manhã e o duplo da tarde, mantendo a entrada do duplo da manhã às 8:00h, no mínimo os alunos com duplo da tarde saiem da atividade letiva às 19:00h.
Importa que a Junta de Freguesia alerte o Município para esta situação, pois temos indicação que isto se deve á intransigência do município em ceder as 2 salas inerentes ao CAF e conseguir alternativas de qualidade para esta situação.

Bancada do CDS

Orlando Rubio