Obrigatório PENSAR

Obrigatório PENSAR

domingo, 20 de julho de 2014

RESUMO ASSEMBLEIA MUNICIPAL


RESUMO ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Na passada 6ª feira, reuniu a sessão extraordinária da Assembleia Municipal, nos Paços do Concelho, para discutir e deliberar sobre um pedido de financiamento bancário de € 7 Milhões de euros, avançado pelo actual executivo.

Foi apresentado pelo executivo CDU, através de um técnico externo ao Município, Dr Jorge Pinto, que, a fazer fé nas suas palavras, efectuou já muitos planos similares para outras autarquias, o seu Plano de Saneamento Financeiro, através do qual se propõe sanar a dívida de curto prazo da CMA, recorrendo à banca ….. A oposição foi unânime em apontar dúvidas de carácter técnico a este plano, pese embora apenas a bancada do CDS-PP tenha votado contra o documento, apontando soluções ao nível da redução da despesa.

A propósito do problema da DESPESA, foi mais uma vez levantada pela bancada do CDS-PP a questão dos custos com a vereação do executivo CDU, que decidiu nomear 4 (quatro) vereadores, com custos de vereação perfeitamente desajustados á densidade populacional do Concelho, e cujos encargos poderiam ser aproveitado na “obra social” referida pela vereadora Susana Custódio. 
A rubrica dos custos de vereação, são uma despesa e um peso no orçamento do município, que deveriam reverter para investimento no próprio concelho.

Foi igualmente sugerida a elaboração de um Plano de Sustentabilidade do Município, através do qual se criem receitas alternativas, provenientes quer do turismo quer da implementação de empresas.


Propôs ainda a bancada do CDS-PP sentar-se à mesa com o executivo CDU, para discutirem uma proposta que permitirá ao Município reduzir os custos com iluminação pública em 56%, através da aplicação de um programa de fundos cuja comparticipação se cifra na ordem dos 90%.

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DECLARAÇÃO DE VOTO

EMPRÉSTIMO DE MÉDIO E LONGO PRAZO NO ÂMBITO DE PROGRAMA DE SANEAMENTO FINANCEIRO – AUTORIZAÇÃO PARA CONTRACÇÃO DE UM EMPRÉSTIMO DE MÉDIO E LONGO PRAZO E APROVAÇÃO DO ESTUDO E PLANO DE SANEAMENTO FINANCEIRO

É sem surpresa que vemos este pedido de financiamento, pois, contrariamente ao que tem sido constantemente negado desde o período de campanha eleitoral pelo actual executivo, que sempre afirmou que não viria a necessitar de recorrer a qualquer financiamento para tentar sanar uma divida fora de controlo do Município, por nós identificada, divulgada e suportada por dados concretos, é agora assumida face à situação financeira da Autarquia.

Sendo a finalidade imediata/primordial deste empréstimo o pagamento de dívidas a fornecedores, este pedido evidencia, antes de mais, um problema estrutural de gestão da coisa pública, que se tem revelado ineficiente, mas que necessita contudo, de ser resolvido.
Mesmo defendendo que este problema necessita de solução, não entendemos porque razão o Município se apressa a recorrer a um financiamento bancário, onerando a Autarquia por um prazo de 12 anos, (leia-se 3 mandatos), realizando uma operação que, no imediato, apenas visa trocar, de forma directa, uma dívida de 7 Milhões € por 7 Milhões €, por outra de igual valor, acrescida de juros e custos financeiros altíssimos, provenientes do BES, uma instituição bancária com um futuro inserto e de grande risco a nível de estabilidade económica, sem esperar pela definição concreta das condições em que poderá recorrer ao Fundo de Apoio Municipal (FAM), obtendo um contrato de empréstimo, com a possibilidade de incluir um Plano de Reestruturação de Dívidas (PRD), que permite negociar com credores.

Defendemos que devem ser ponderadas e confrontadas as 2 (duas) soluções, atendendo aos períodos de amortização previstos para cada caso, aos encargos e ao custo de oportunidade de cada um.

Não obstante o financiamento aqui proposto não ser suficiente para equilibrar as contas do Município, uma vez que a dívida a fornecedores não desaparece totalmente com os 7 M€, acresce que a Autarquia terá de suportar, ainda que com 1 (um) ano de carência, para além do capital, os juros e custos inerentes a uma operação financeira deste montante, colocando-se deste modo em risco a sua capacidade, que já é muito débil, de cumprir os seus compromissos básicos e assegurar o seu normal funcionamento, uma vez que a tendência será o aumento da dívida, pois sobre o capital em dívida vencem-se permanentemente juros de mora.

Poderia ter ido o actual executivo mais além, interligando o Plano de Saneamento Financeiro com um Plano de Sustentabilidade do Município, onde fossem apresentadas soluções de aplicação real, para criar receitas alternativas provenientes, quer do turismo, da implementação de empresas, quer de outros meios que retirem a gestão da coisa pública do já gasto modelo de Financiamento Municipal.
Acrescem a tudo isto, as operações de venda do património que a CMA se compromete a alienar todos os anos, no valor médio de 200 mil euros até 2026 e cujo seu valor real de mercado para venda, será completamente desvalorizado pela actual crise do sector imobiliário.

Em suma, a decisão de contrair este empréstimo, atendendo à situação em que se encontram as finanças do Município, evidencia um adiamento da resolução dos graves problemas financeiros do Município e cuja evolução tem sido crescente nos últimos 9 anos, sem garantia ou probabilidade de sucesso, comprometendo mesmo o futuro da Autarquia, independentemente de quem a venha a gerir.

Pelas razões enunciadas, e por considerar este pedido de financiamento, a ser concedido, altamente lesivo do interesse dos Alcochetanos, vota a bancada do CDS-PP contra a proposta apresentada.

Alcochete, 18 de Julho de 2014

                                                                                      A BANCADA DO CDS-PP

                                                                                     PATRÍCIA PINTO FIGUEIRA
                                                                                                            JOÃO LOPES
NELSON PINTO
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Eficiência Energética na Iluminação Pública de Alcochete


Eficiência Energética na Iluminação Pública
Este  projecto  pretende,  na  sua  globalidade,  contribuir  para  melhorar  a eficiencia energética global da iluminacao pública na cidade.
0 uso eficiente de energia é uma crescente preocupação devido à diminuição de  recursos  e  a  consequências  climáticas  cada  vez  mais  marcadas, assumindo ainda um papel fundamental ao nível económico e um factor de competitividade.  É  neste  contexto  que  surgem  diversos  programas  e estratégias  nacionais e europeias,  como o ECO.AP (Plano de  Eficiência Energética na Administração Pública) que visa obter nos serviços publicos e organismos  da  Administração  Pública   até           2020   urn  nível  de  eficiência energética na ordem dos 20% face aos actuais valores. Nestes objetivos enquadra-se também a utilização racional de energia e a eficiência energético-
ambiental em equipamentos de iluminação pública (IP).
Como sabemos, a iluminação pública representa urn peso importante nas despesas correntes dos municípios. Nesta conformidade, urge uma solução que permita manter níveis de segurança e conforto necessários às populações e que proporcione uma redução substancial do peso da IP nas despesas municipais.










Na sequência de análise às diversas lâmpadas existentes na iluminação das ruas do concelho de Alcochete, chegou-se à conclusão que a Autarquia, na epoca de Verão, na qual ocorre uma menor emissão de luz artificial, tern urn consumo de 639.360 kwh, consumo que representa para a Autarquia um custo que ronda os € 89.830,08„ tendo por base uma tarifa de € 0,14/Kwh, montante ao qual temos de somar a taxa de potência contratada, que tem sempre um peso acrescido na factura na ordern dos 3 a 4%.
Por outro lado e se analisarmos o consumo de energia na época de Inverno, na qual, e por escurecer mais cedo, utilizando-se mais kwh, facto que faz aumentar  os  gastos  com  iluminação  pública  para  um  valor  médio  de €145.973,88, com base numa tarifa de 0,14/Kwh, mais a respectiva taxa de potência contratada.
Tendo em conta que estes valores respeitam apenas a um período de 30 dias, estima-se que a  Autarquia terá custos anuais com a iluminação pública, em media, na ordem dos € 1.414.823,76, e isto sem calcular a taxa de potência contratada.
Procedendo-se à substituição das actuais lâmpadas por lâmpadas Led, teria a Autarquia ganhos imediatos ao nível da poupanca, uma vez que, e no período de  Verão,  caíriam  os  gastos  de €89.830,08  para     €39.115,20  mensais, enquanto  que  no  periodo  de  inverno,  passariarn  
de            145.973,88€     para €63.562,20. Por seu turno, e comparando os gastos anuais com iluminação pública, estes baixariam para  616.064,40, ao invés de € 1.414.823,76 estimados.          



Ao nível energético, ficaria a Autarquia e os os seus municipes igualrnente beneficiados, pois há uma redução na ordem dos 56% no consumo de Kwh (que passariam de 639.360 kwh pare 278.400 kwh), já para não falar na anulação de 405,35 toneladas de co2 por mês na iluminação pública do concelho de Alcochete.

Se quisermos ir mais longe, e substituirmos  lâmpadas de vapor de sódio por lâmpadas Led de Alto Brilho o consumo passa de 10.389.601  kwh para 452.400 kwh, o que se traduz numa redução acentuada na ordem dos 56%, já para não falar na emissão de 658,66 toneladas de co2 por mês que passaria a ser extinta corn tecnologia LED.

A elaboração deste tipo de projecto está abrangido pelo Programa Europeu "Transparense", que se destina a aumentar a transparência e honestidade do mercado dos contratos de desempenho energetico (CDE) em toda a Europa, e que se iniciou ern Abril de 2013 e será concluído em Setembro de 2015.

Este programa conta com vinte parceiros de diversos paises da Europa, onde o mercado dos CDEs este bem desenvolvido ou já num estádio embrionário. Isto faz corn que o projecto tenha urn elevado potencial no desenvolvimento e estabelecimento  do  mercado  Europeu  de  CDE,  alcançando  substanciais poupanças energéticas, e,   muito   importante,   tem   percentagens   de financiamento na ordem dos 90%.

É neste enquadramento, que a Bancada do CDS, no âmbito da sua acção proactiva em prol de Alcochete, gostaria de promover uma reunião junto do Município, de modo a efectuar uma apresentação desta proposta com nítidos ganhos para a Autarquia. 

A Bancada do CDS-PP

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