Portugal não pode ser só novelas e futebol
Portugal chegou a uma encruzilhada e perguntamos como foi possível chegarmos a tal vexame, com tantas dívidas e governados sob tanta mentira, corrupção, e incompetência.
Este povo, que soube construir a democracia no seu país, que confiou naqueles que elegeu, sente agora o desânimo, o vexame de depender da ajuda externa e o desespero na incógnita do que o futuro nos reserva.
Aqui e ali falam os sentimentos de derrota e descrédito como se não houvesse mais forças, mais ideias, mais vontade de lutar pela mudança.
Cada cidadão tem o poder do voto mas para exercer esse direito tem a obrigação de se informar para decidir responsavelmente. Importa assumirmos de uma vez por todas, que o futuro dos nossos filhos e netos se constrói com as decisões de hoje, com a nossa participação responsável em cada acção e atentos nas acções de quem governa.
A informação não pode ser ignorada, deve ser escutada mas também escrutinada pelo cidadão. O campeonato de futebol ou a novela são entretenimentos e prazer mas não devem nunca substituir a informação que é a ferramenta que constrói o futuro.
Todos sabemos que as sociedades mais desenvolvidas e socialmente mais justas e equilibradas têm na informação e no debate a fonte do seu progresso. São muitos os Portugueses que encontraram nelas o espaço necessário para conquistar o respeito do mundo em áreas tão diversas como a ciência, a indústria ou a arte. Todos sabemos porque não o conseguem no seu próprio País.
Não bastam os programas de novas oportunidades, nem um Magalhães na mão de cada criança. Antes deve ser incutido o raciocínio crítico e a ambição de saber.
Facilitismo e demagogia em detrimento do enriquecimento da mente e da distinção do mérito, abstrai e atrasa um povo e não é o estado que educa o seu povo mas antes o povo que, sabendo o quer, constrói o seu País.
O que sentiria um dinamarquês ao ver um cartaz de publicidade a uma bebida alcoólica com a figura de uma antiga estrela de futebol da Dinamarca dizendo "um governo com 19+1: 19 amigos e mais um para trabalhar” ou ainda “acabar com os tachos” e dar "um wok” a cada dinamarquês? Será que admitiriam governantes “amigos de amigos” e “tachos”? Será que ririam ou isto jamais teria cabimento na Dinamarca?
Porque motivo nos permitimos rir daquilo que nos devia revoltar?
Nem Futre nem a empresa que fabrica a bebida desrespeitaram os Portugueses; um teve a coragem de transmitir as suas ideias e outra encontrou uma temática para a publicidade ao seu produto. Mas ambos estão a mostrar-nos que no lugar do orgulho de ser Português está agora um estado de conformismo. Será isto e resultado do nosso alheamento?
Em toda a Europa temos assistido a recordes de abstenção e Portugal, apesar da sua jovem democracia, já sofre desse flagelo. Acordemos, pois a oportunidade para construir um futuro digno, seguro e justo não espera que o alheamento do cidadão convalesça lentamente á espera de melhores dias. O queixume, o lamento, o fado deste povo não é uma inevitabilidade e não é, como sabemos, a ferramenta para o combate no desenvolvimento.
Critiquem-se os partidos participando activamente nos seus programas e propostas. Escrutine-se a gestão autárquica, questionando as decisões e os planos. Exija-se rigor e operacionalidade nos serviços públicos, reclamando e sugerindo civilizadamente. Exija-se seriedade na comunicação social impedindo que seja utilizada para propaganda e desinformação.
Sejamos críticos, participativos, exigentes e solidários. Sejamos donos do nosso futuro e asseguremos o futuro dos nossos filhos não permitindo lideranças de oportunistas e incompetentes. Não deixemos que as nossas vitórias se resumam aos feitos dos nossos antepassados e ás dos Portugueses além fronteiras.
Portugal é e será o que cada português constrói.
Informa-te, decide responsavelmente e vota.
E se pensas como nós junta-te a nós.
Breve e conciso....
ResponderEliminar1- Obrigue-se todas as áreas comerciais que tenham produtos que não sejam de origem Portuguesa a pagar um imposto acrescido, (ex:uma taxa de iva mais alta por cada produto não Português) para que seja prioritário a venda de produtos Portugueses.
2- Que se elemine tudo o que é mentira neste País, só para termos dados estatisticos, nós não somos numeros...como por ex: as novas opurtunidades que tanto se apregoa e que tantos milhões levaram, no geral não servem nem serviram para nada, foi mais um enbuste mais um dado estatistico....vamos dar uma formação capaz e virada para uma melhor aprendizagem,apoiada e desenvolver melhor as capacidades de cada um, em cada função, para podermos ser mais capazes de enfrrentar o futuro..., façam-no com menores custos e com mais sabedoria....chega de nos enganar-mos a nós próprios....vamos abrir os olhos