Sinónimo desse facto é a forma como os partidos enraizados no poder do concelho (CDU e PS) encaram um simples acto de definição de cidadãos para as mesas de votos. Registamos estupefactos a forma como estes partidos procuram gerir “á sua maneira” os lugares e posições nas mesas e a sua profunda irritação com o facto surgirem novos partidos e com isso alterarem o seu “modus operandi” em eleições.
Expoente máximo é o facto de se terem mostrado contra e perplexos pela sugestão de escolher os elementos através de sorteio, incrementando assim transparência e equidade ao processo.
Já vai sendo tempo de envolver a liberdade de cidadania nestas acções num concelho onde é confrangedora essa mesma “liberdade”, alguns partidos actuam como se Alcochete fosse uma contada eleitoral que lhes pertence …
Sinal maior é a carta de reclamação apresentada pelas 3 Juntas de Freguesia (Alcochete, São Francisco e Samouco) contra o uso dos brasões do concelho, como se os símbolos heráldicos das freguesias fossem um estandarte de alguém, titular ou não titular de funções públicas. São da freguesia e dos fregueses. A freguesia mantém-se, os titulares mudam, a bem e por vontade dos eleitores.
Pensamos que estes “tiques políticos” ainda sejam resquícios do acordo de geminação com Waudo (Norte da Coreia), onde o respeito pela democracia e pela condição de ser humano não se faz representar, e o sentimento de “posse” da “coisa pública” se atropela e se confunde com o próprio umbigo.
Por esta “lógica” o professor Cavaco Silva seria o único cidadão português a poder “usar” o símbolo da bandeira portuguesa…
A melhor parte deste episódio é que este “tipo de preocupações”, destes titulares de funções públicas… vão aumentar … a participação democrática em Alcochete é para ficar!
Link - Reclamação dos Presidentes de Junta do Concelho de Alcochete
Link - Resposta da Concelhia
“Não aceitamos que todos os portugueses não tenham possibilidades de exprimir e exercitar a sua coragem, o seu talento, a sua imaginação, por falta de liberdade real de iniciativa. Pretendemos, sim, uma iniciativa privada responsável e entendida na sua função social, ao serviço de todos e não como privilégio de alguns.”
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