Obrigatório PENSAR

Obrigatório PENSAR

quinta-feira, 30 de junho de 2011

O ESTADO DO ENSINO EM PORTUGAL

Desta vez, propomo-nos falar do estado do Ensino em Portugal.

O nosso discurso não está obrigado a seguir trâmites esteriotipados, isto é, não estamos obrigados a falar do Ensino como todos falam. Por outro lado, não desaproveitamos algum senso comum sobre a matéria em foco.

Toda a legislação de cariz socialista desde o 25 de Abril aos nossos dias deixou dois cancros no sistema de Ensino: a marxização dos conteúdos programáticos e o manifesto enfraquecimento da autoridade do Professor.

Os contra-valores da ideologia marxista todos se contorcem para fazer tábua rasa da História, sobretudo da História de Portugal; do Cristianismo que - dizem - é o ópio do povo; da tradição que encaram como obstáculo ao avanço revolucionário; da moral e da lei que odeiam por as considerarem burguesas, etc.

Nesta conformidade, o aprendizado apresenta-se aos alunos cada vez mais neutro e desligado da realidade. A História é reduzida à luta de classes; a Filosofia é secundarizada; a Literatura Portuguesa vê Eça de Queirós substituído por Saramago; a verdade é subjectiva; qualquer postura moral por parte do Professor perante os alunos ameaça-lhe a carreira, etc.

Cada aluno, crescido no estatuto de centro da família por tiques nefastos originários do antropocentrismo renascentista e reforçado pelo legado de Rousseau, quando chega à escola, entende, por força, que tem o direito de continuar a ser o centro da atenção de todos a começar pelo Professor. Sentindo defraudadas as expectativas, o aluno visa conseguir os seus intentos pela negativa, tornando-se indisciplinado, agressivo, destruidor. Mas era justamente aqui que a acção do Professor se deveria fazer sentir se a legislação de tónica socialista não lhe tolhesse a autoridade, impedindo-o de pôr efectivamente na ordem o aluno. Se este é confrontado com a pergunta, "o que estás aqui a fazer?", responde a rir: "a gozar". Eis a magistral síntese materialista do que os poderes instituídos tem oferecido aos jovens há quase quatro décadas.

Sem que se confunda com autoritarismo, temos que restabelecer a autoridade do Professor e repor no centro do sistema de ensino o aprendizado. Este comporta toda a teia de valores que fez a Civilização Ocidental.
No aristotelismo e no tomismo temos que encontrar o novo Aristóteles, o novo S. Tomás de Aquino, quero dizer, os novos caminhos que nos conduzem à justa representação do real.

Temos que começar a reestudar a História de Portugal porque o conhecimento desta gera patriotismo tão necessário à nossa segurança e liberdade.
Regressemos a sério a Camões porque ninguém melhor que o autor de Os Lusíadas viu o que era a modernidade; regressemos a Cesário Verde e a Eça de Queirós porque a visão que tinham de Portugal, do homem português e do mundo alcandora-se à mesma altura subida pelo grande épico do séc. XVI; regressemos finalmente a nós, às virtudes dos nossos pais e avós que com tanto trabalho e sacrifício fizeram o que somos.

CDS-PP
Concelhia de Alcochete

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