Obrigatório PENSAR

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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Assembleia Municipal - 27 de Dezembro - Declarações de Voto



DECLARAÇÃO DE VOTO DA BANCADA DO CDS-PP

CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA EMPRESA GERAL DO FOMENTO (EGF)

A bancada do CDS-PP compreende a preocupação do executivo municipal, expressa na pessoa do Sr. Vereador Jorge Giro, no que respeita à deterioração dos serviços prestados aos munícipes e da perda de proximidade com as populações caso se verifique a privatização da Empresa EGF e, consequentemente, da AMARSUL.

Contudo, importa esclarecer que a Lei nº 35/2013, de 11 de Junho, que alterou a Lei da Delimitação de Sectores, refere, como uma possibilidade – e não uma inevitabilidade – a subconcessão a privados, não estando definido, nem tão pouco anunciado, o objetivo da subconcessão dos serviços públicos de água e saneamento a entidades privadas.

O debate sobre a água não passa, em nosso entender, pela propriedade, mas sim pela correcção das disparidades entre litoral e interior, por uma eficiente gestão das dívidas dos municípios, pelas que devem ver reflectidos os valores investidos, em suma, pela travagem de uma eventual insustentabilidade do sistema.

A reestruturação do sector visa, assim, a promoção do equilíbrio tarifário e resolução do défice tarifário acumulado, o que por si só não é sinónimo de subconcessões e, muito menos, de privatização destes serviços.

Aliás, gostaria a bancada do CDS-PP de referir que a participação de capitais privados no sector da água não é novidade, tendo em conta modelos de gestão do sector da água já implementados em alguns municípios portugueses, a exemplo do que se passa no Município de Setúbal, modelo implementado pelo PS e seguido pelo executivo CDU nos últimos anos, que assenta na atribuição de concessões a entidades privadas (Águas do Sado).

Entende a bancada do CDS-PP que o bem em causa, a Água, tem um valor social, económico e jurídico que deve ser preservado e mantido sob a esfera do poder público, mas importa garantir também, condições que evitem o acumular de dívidas aos sistemas multimunicipais de águas e resíduos, tornando o sistema sustentável.

Em conclusão, e por não aceitar a interpretação que é feita pela maioria da CDU-PEV do teor da Lei n.º 35/2013, de 11/06, interpretação que está implicíta no teor da moção apresentada, decide a bancada do CDS-PP votar contra.


Alcochete, 27 de Dezembro de 2013

                                                                                              A BANCADA DO CDS-PP


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DECLARAÇÃO DE VOTO DA BANCADA DO CDS-PP

GRANDES OPÇÕES DO PLANO; PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS; ACTIVIDADES MAIS RELEVANTES PARA OS ANOS DE 2014-2017; ORÇAMENTO PARA O ANO DE 2014 E MAPA DE PESSOAL PARA O ANO DE 2014

Da análise dos documentos postos à votação nesta Assembleia, e tendo em conta que tratam de matéria complexa e fulcral para a vida do Município, ressalta, antes de mais, alguma escassez de concretização, ao nível das opções políticas de fundo, em evidência nas Grandes Opções do Plano e no mapa das Actividades Mais Relevantes para 2014, sendo que a maior concretização que encontramos, aquando da decomposição de algumas rubricas, é a divisão que vemos neste documento em despesas correntes/de capital, e equipamento básico vs equipamentos diversos, sem uma concretização expressa das políticas escolhidas e o custo das mesmas, e isto tanto nas funções gerais como nas funções sociais.

Têm elevada expressão no mapa constante das GOP, a elaboração de projectos o que, a constituir despesa autónoma dos recursos humanos do Município, demonstra a não capitalização dos seus quadros técnicos, com recurso a serviços de planeamento estratégico e outsourcing, cuja indispensabilidade também não é aqui demonstrada.

Quanto ao mapa das Actividades mais Relevantes, também este documento carece de concretização, faltando-lhe um “Plano - Programa”, que esclareça e decomponha as opções do Executivo para 2014.

No que ao Orçamento do Município para 2014 diz respeito, e sendo certo que se tratam de documentos previsionais, cuja execução será devidamente acompanhada, não pode a bancada do CDS-PP deixar de assinalar que o esforço de contenção, por parte do Município, pode ir mais longe, e isto porque, apesar de reconhecermos que uma divisão com 17 funcionários precisar de estabelecer comunicações, no decurso da sua actividade, esta necessidade não pode justificar uma despesa de € 150.357,00 anuais, ou mesmo que uma divisão com 33 funcionários preveja gastar € 42.000,00, em despesa do mesmo género, assumindo a bancada do CDS-PP, desde já, o compromisso de acompanhar a execução orçamental do mesmo.

Nesta conformidade, e atendendo ao supra exposto, estando esta bancada consciente da legitimidade do executivo municipal, proveniente do resultado eleitoral de 29 de Setembro, e não querendo ser oposição por oposição, até porque da aprovação deste orçamento depende o pagamento de serviços a fornecedores, decide a bancada do CDS-PP abster-se na votação do ponto n.º 6 da ordem do dia.


Alcochete, 27 de Dezembro de 2013

                                  A BANCADA DO CDS-PP



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