Uns por desconhecimento outros por conveniência, mas grande parte dos portugueses não tem ideia do dinheiro que é indevidamente gasto (mal gasto) na gestão de TI (Tecnologias de Informação).
Estamos a falar de redundância de Datacenters, espalhados por Ministérios, Institutos, municípios, etc…( o custo de um datacenter é uma pequena fortuna) são equipas de técnicos dedicados, equipas de gestão operacional dedicados, equipas de direcções informáticas dedicadas, respectivos directores de informática…Nos Municípios, a questão, face á dimensão chega a ser escandalosa.
A própria questão de licenciamento é absurda ( a velha questão do canhão para matar a formiga) para não falar nos valores pagos, contratos principescos…
As aquisições da lata (pc’s, servidores, impressoras, routers, tapes, etc…), podiam ser feitas numa outra escala (melhores preços) e com menor necessidade (optimização).
Entrando nos contratos de comunicações, então a questão é de ir ás lágrimas…Contratos com operadores, equipamentos, etc.
Igualmente falamos dos espaços onde estão alojados este infindável universo de equipamentos e este batalhão de equipas ( muita gente e muita lata, garanto, despesas de energia, de segurança, de rendas imobiliárias …).
Falamos então de um grau de complexidade desproporcionado, dificuldade de integração “entre todos”, quaisquer processo conjunto é um desespero de tempo e quase sempre pouco exequíveis …
Sabemos todos que o problema de gastos desnecessários e optimização, não são os únicos problemas… os processos de compras (independente de grande parte desnecessários ) não são na vastidão deste universo, os mais transparentes, a existência de tanta sobreposição de “profissionais” e “chefias” apenas favorece o clientelismo publico e a desvirtualização do livre mercado (relações pouco claras com as empresas, não é o melhor e o mais concorrencial que presta o serviço…).
Aqui leva-nos a outro patamar, ás melhores praticas, á integridade da Informação, a homogeneidade da informação (sistema, processos, etc) levar-nos-ia á simplificação das plataformas informáticas, á capacidade de implementar um Sistema de Gestão de Segurança da Informação ( ISMS ), elaborar um único Plano de Continuidade de Negócio e Recuperação de Desastres (gastam-se fortunas neste tipo de planos ao nível do organismo individual, e outros mesmo nem têm nenhum).
Existência de Frameworks de Análise de Risco e Classificação da Informação, de modo a cingir o acesso indevido.
Basicamente alinhar os nossos organismos públicos pela norma Norma ISO 27001:2005. Para ser a mulher de César, não basta só parecer …
Cabe-nos a nós ( e temos a legitimidade democrática para isso) obrigar o “tecido politico” a tomar estas decisões de uma vez por todas.
A falta de coragem para terminar com este paradigma negativa, apenas identifica que o nosso pais e a nossa sociedade esta condenada a esta falta de inteligência na superação dos problemas e pior …na falta de transparência.
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